21 de abril de 2012

a banda desafinou e voltou a tocar

Os últimos 30 dias foram tumultuados aqui em casa (leia-se a casa propriamente dita e a casa interna). Estava viajando a trabalho quando a babá pediu demissão. Quando tudo estava no ritmo, a banda desafinou. 1 min. depois de receber a notícia comecei a mexer os pauzinhos na busca de uma substituta. Fui rápida, e encontrei logo 3 opções. Uma maranhense emburrada, que não topei. Uma ui uma pessoa do interior, que teria que morar na minha casa, e não topou (e eu agradeci). Não consigo ter uma pessoa morando em casa, pq. não tenho quarto de empregada, só uma cama no quarto da Laura e aí, adeus privacidade. Quando já estava pensando em uma atitude mais drástica, encontrei sme querer, numa manhã dominical, um casal de amigos que me indicou uma pessoa. Curiosamente, o mesmo nome da babá que havia pedido as contas: Adriana. Sim, pq. foi só entrevistar a Adriana 2, gostar dela e tal, que a Adriana 1 voltou atrás, mas com algumas condições: não pdoeria mais ficar até às sete da noite, teria que sair às quatro da tarde. Eu não vou mencionar aqui o começo da Laura na escola, pq. coincidiu com a mesma época, e vai ficar um tanto confuso por tantas fases de adaptação no papel. Ou melhor, na tela.  Bom, aí que eu não sabia mais o que fazer. Nessas horas meu ascendente em gêmeos baixa com força e eu não consigo decidir. Eu adoro a Adriana 1, mas ela pediu as contas por causa de problema de saúde com a filha. Ofereci todas as possibilidades pra ela: consulta no pediatra da Laura, faltar no trabalho para fazer exames na filha e nada ela queria, só ir embora. Um belo dia, ela me disse que estava confusa, que não sabia mais se queria deixar o trabalho. Aí me veio a sacada: antecipei as férias da Adriana 1, para ela levar a filha no médico, fazer todos os exames e cirurgia se for o caso (a filhinha dela tem uma hérnia no umbigo), e nos 30 dias de férias dela, contratei a Adriana 2 em experiência. A Adriana 2 está me agradando e muito. Ela pode dormir aqui 3 vezes por semana, o que é ideal para mim e pra Laura, quando tiver que faltar à escola por motivo de doença. Claro que não foi fácil no começo. Os primeiros 10 dias dela aqui, que coincidiram com a adaptação escolar da Laura, foram punk! A Laura olhava pra ela e berrava mamãnheeeeeee! A pobre moça mal conseguia falar oi pra pequena. Eu ia trabalhar com o coração angustiado. Deixei ela na casa da minha mãe na primeira semana, com a Laura, pra ficar um pouco mais tranquila. Na hora do almoço eu passava lá voando, pegava a Laura e a Adriana 2, deixava a babá em casa, segui para a escola, deixava a Laura berrando no colo da professora e seguia pro trabalho, com o coração nervoso. Voltava pra casa no fim do dia, com a Laura nos braços, e bastava entrar em casa que a cena se repetia: berros, choro, manhêêê! Como sou muito ansiosa e imediatista, eu achava que a Adriana 2 não ia dar certo com a Laura e só pensava na Adriana 1, que voltasse logo das férias. Dormi mal algumas noites. Almocei rápido muitos dias. Emagreci. E o tempo passou. A Laura esta mais adaptada a tantas mudanças no seu mundo. Já não chora mais quando chega na escola. Me dá um beijo e fica feliz com a turminha e as professoras. Na saída, dá tchau para todos, até para o pipoqueiro. Com a Adriana 2, já está encontrando suas afinidades. Brincam de esconde esconde no quarto e a Laura berra: Adriaanaaaaaaaaaaaa quando a procura. E eu sinto que novamente colocaram uma bela parceira na minha vida, assim definida por ela mesma, a babá 2. Hoje meu coração está sentido, pois é quase certo que terei que dispensar a Adriana 1, na volta das férias, e isso me incomoda um pouco, pq. sei que ela tem seu mérito. Mas foi ela que pediu demissão, ficou confusa, voltou atrás e mudou o ritmo da banda. Por aqui estamos de novo começando uma nova sinfonia e estou certa de que ela começara a sua também. Estou aprendendo a não pesar tanto as decisões com minhas emoções, que ñão são poucas.