29 de abril de 2011

Não, minha filha não precisa da língua do Hopi Hari

Gente, pq. algumas pessoas insistem em falar com o bebê cantando e falando a língua do Hopi Hari? Tchau-íiii, tchau tchau! Tudo bem quando são pessoas que veem a Laura de vez em quando, mas estou preocupada pq. no meu caso, é a nova babá. Vejam só se não tenho que me preocupar:

Chegando para trabalhar:
Lauraaaaaaaaaa, booooooom diaaaaaaaaaaa! Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Na hora do suco:
Olhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, eeeeeeeeeeeeeeeeeee, o suquinhoooooooooooooooooooooooooo!

Na hora do almoço:
Lauraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, vamos papaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar! eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! olha a batataaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Na hora de fazer dormir (juro!):
Vamos dormiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiir! Ebaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

E por aí vai no resto do dia.... e é claro que ela demora horas para fazer a soneca depois do almoço.

Olha, a sensação que eu tenho é de estar no Hopi Hari na minha própria casa!


Sei que é um gesto carinhoso da babá, mas tá demais. De vez em quando, na hora da brincadeira, ainda vai, só que é o tempo todo! God!

E como explicar com jeitinho para ela que é necessário falar em tom normal com a pequena, afinal, é imitando que ela vai aprender a falar. Imagina ela daqui a alguns meses: Mamaeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, Papaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

27 de abril de 2011

Stand up

Hoje a Laura me encheu de alegria, pois ficou em pé pela primeira vez no berço, segurando a grade. Deixei ela deitada lá e fui ao banheiro pegar algodão, quando voltei, ela estava em pé! Foi tão rápido que nem vi como ela fez. A carinha dela me olhando como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo (ué, não é? rs), foi o melhor. E a minha cara de mãe orgulhosa também foi ótima. Pena que ninguém estava junto pra registrar o momento ou mesmo presenciar. A pequena tá crescendo, tá feliz, ri muito, dá gargalhada e faz gracinha. Melhor impossível.

26 de abril de 2011

Cuidando de mim pra cuidar da Laura

Querido blog,

faz tempo que não passo por aqui. andei cuidando um pouquinho de mim. não adianta ficar despejando o cansaço, a irritação, algumas insatisfações, e não tomar uma atitude. depois que a Laura nasceu, essa preocupação nasceu junto com ela: cuidar de mim, para ser um bom exemplo para ela, cada vez mais. ela me realiza plenamente, mas quero me realizar também em outras áreas, pq. senão vou sufocar  minha filha daqui a alguns anos. outro dia encontrei uma conhecida passeando com a sua filha e em poucos minutos de conversa vi como ela vive em tempo integral para os filhos, tendo deixado sua vida de lado. não é isso que eu quero. a Laura tem a vida dela e eu tenho a minha. claro que hoje a vida dela depende 100% de mim, mas isso vai diminuir quando ela crescer e se eu não me preparar hoje, vou sofrer muito.

vivo em busca da minha realização profissional. do meu encontro profissional. hoje comecei um trabalho com uma consultora que faz coaching. sinto que estou precisando de uma orientação e análise, para entender como somar todas as experiências que vivenciei até hoje e me encaminhar profissionalmente. não dá para errar muito agora, rs. preciso de foco, algo que não tenho. acho que vau ser um processo de autoconhecimento muito interessante.

também fui numa médica homeopata hoje, clínica geral. foi ótimo. ela ficou mais de uma hora conversando comigo, para entender meu corpo, minha história de saúde e a de minha família. até meu ouvido ela escutou (me senti a Laureta no pediatra). quero dar uma melhorada na alimentação, nas minhas horas de sono, na minha rotina. entendo que esta bagunça toda no meu dia a dia está me fazendo mal. e então preciso corrigir algumas coisas.

enfim, hoje foi um dia de tomar algumas atitudes para me melhorar coisas que estão me incomodando. e tenho certeza que vou conseguir.

no mais, minha filha tá uma graça, fazendo charme toda a hora e quase quase engatinhando. é ela que me motiva a melhorar.

bjos

15 de abril de 2011

o blog às vezes, é bem parecido com a terapia: vc senta na cadeira, fica olhando pro terapeuta e não sabe o que falar...

......

.......

 então,  hoje, vou fazer minha análise, bem breve (pra terminar logo):
- estou cansada
- estou bipolar
- estou triste
- continuo insatisfeita com algumas coisas que não consigo mudar (em mim, nos outros, no mundo)
- me sinto culpada (e acomodada) por algumas situações que vivencio
- não aguento mais tossir (sinusite há 1 semana)
- não aguento mais não encontrar os óculos, o cartão do banco, as chaves do carro, as contas
- queria zerar a infindável lista de pendências
- queria desencanar dessa m.... de lista de pendências
- queria desencanar de tantas outras coisas, ser mais relaxada, menos neurótica
- às vezes também gostaria de ser mais sincera comigo mesma
- e, por fim, queria muito de volta aquele sono gostoso, sem hora pra terminar...

9 de abril de 2011

Maternidade real

No dia 08/04 rolou uma blogagem coletiva sobre o tema maternidade real. Fiquei sabendo só agora, mas não quero deixar de escrever sobre isto.

Quando a gente engravida, cria um monte de expectativas sobre a maternidade. Só que quando você chega em casa, com um bebê de 4 dias, começa a real maternidade e você se dá conta de inúmeras coisas que ninguém te falou.

Por exemplo, o que mais pegou pra mim foi a angústia pós parto, que eu só fui compreender uma semana depois. Achava que só existia a depressão pós parto. Já na segunda noite no hospital eu comecei a me sentir triste, angustiada, pensando na vida da Laura. Eu olhava para ela, tão terna e perfeita e pensava: alguém vai fazer mal para ela um dia e como eu vou aguentar isto? Olha que coisa maluca... Teve uma hora que eu virei pro Cas e disse: ela não vai estudar fora e ponto final! E comecei a chorar e rir ao mesmo tempo.

A primeira noite em casa foi péssima, bastou anoitecer pra eu olhar pela janela e chorar, chorar, chorar. Sentia um medo enorme. Eu pensava: coloquei ela no mundo, e nao vou poder protege-la de todos os perigos. Era uma angústia projetada para o futuro.

As visitas chegavam em casa, me olhavam com felicidade e eu não conseguia corresponder a este sentimento, pois por dentro eu estava despedaçada. E é claro que aí começaram as culpas.

Depois começou o capitulo amamentação. Ninguém fala que é difícil pra caramba amamentar. Que é exaustivo, que te esgota. E, no meu caso, minha produção de leite demorou pra vir e minha filha não engordou o necessário nos primeiros 15 dias de vida. Tive que complementar a amamentação com leite NAM, algo que durante a gravidez era impensável para mim. E mais uma vez vem a culpa...

Nos primeiros 3 meses a mãe não tem tempo pra nada. Isto é fato. O bebê te consome em tempo integral, não tem jeito. Você se olha no espelho, vê duas olheiras gigantes, o cabelo fraco, a barriga murcha, e se pergunta onde está aquela mulher bonita e cheia de luz da gravidez? A minha gestação foi um período mágico: eu não tive nenhum mal estar, emagreci nos primeiros 3 meses, engordei no total 10kg, só minha barriga cresceu, e realmente fiquei muito bonita. E então você vai até a farmácia, esbarra em uma mãe toda arrumada, maquiada, produzida, com o bebê a tiracolo e não entende como você está aquele trapo!

O que quero dizer com tudo isto é que muitas coisas que a gente idealiza na gravidez nem sempre consegue colocar em prática. Até curso de parto normal eu fiz, e no fim, minha filha não encaixou, não entrei em trabalho de parto e fui submetida a uma cesarea.

Mas o que importa é entender que cada mãe é única e faz a sua própria maternidade, e não aquela do comercial de margarina. Mesmo que em alguns dias a gente queira fugir de casa e largar tudo lá, inclusive o bebê. Isso é normal, e absolutamente humano.

3 de abril de 2011

Adelaide, minha babá paraguaia!

Domingo passado saiu uma matéria no Estadão falando sobre o número expressivo de babás paraguaias trabalhando aqui no Brasil. Isto porque as babás nacionais estão cada vez mais exigentes e menos comprometidas com o trabalho. Então, a babá paraguaia vira uma alternativa e tanto para as mães, já que se contentam com salários em torno de R$ 800,00, e dormem no emprego. Achei a matéria interessante, pois mostra uma realidade, a de que as babás estão mesmo exigentes demais. Primeiro, elas querem receber um salário de gerente de marketing. Outro dia entrevistei uma que me pediu R$4.000,00!!!! Filha, nem eu atualmente estou ganhando isto. Ah, e claro, elas só cuidam das coisas do bebê, nada além. Lavar um copo que está sujo na pia? Nem pensar! O pior é quem causou esta situação foram as mães, que provavelmente sem tempo, acabaram delegando muito do cuidado com os filhos para as babás, e estas então se deram conta de quanto são necessárias e do poder que tem, pois elas cuidam do nosso bem maior. Além disso, muita mãe se sente insegura nos primeiros meses do bebê. E isto falo por mim mesma. E a babá, percebendo a insegurança da mãe, acaba por dominar a situação, determinando o que deve ser feito, de que jeito e a que horas. Olha só, não estou criticando as babás, até pq. acho o trabalho delas essenciais, são umas parceiras e tanto. Babá não é luxo, é necessidade, ao menos pra mãe que quer continuar sua vida profissional (e quem não quer?). O problema é que nós, mães, não podemos perder as rédeas da nossa casa. Babás são auxiliares, apenas. A matéria também conta que algumas mães não deixam as babás levarem os filhos para passear na praça, com medo de abordagens de outras mães, oferecendo salários maiores. E isto acontece, pq. eu presencio com frequencia. Acho um absurdo, mas acontece. E o que as babás trocam informações entre elas? Estão sempre em rodinhas ou no celular. Quer dizer, vc paga uma grana pra elas ficarem resolvendo a vida delas no celular enquanto seu filho brinca sozinho no parquinho. Eu vejo esta cena todos os dias na pracinha do meu bairro, por isto posso falar.  Ainda bem que eu dei uma tremenda sorte. Assim que a Laura nasceu, depois do primeiro final de semana em casa, com muitas visitas cheias de palpites, eu resolvi pegar uma listinha de nomes (tenha uma, é fundamental!) de babás e enfermeiras que desde a gravidez eu vinha colhendo com as amigas, e liguei para o primeiro nome que me chamou a atenção: Elza. A Elza é uma senhora de 66 anos, responsável, experiente, comprometida e muito ciente do seu papel. Nunca fez exigências absurdas de salário, e sempre que sobra um tempo, me dá uma mão na casa: cozinha, varre o chão, lava as roupas, sem eu pedir nada. Uma dona de casa por completo, sabe? E ela ainda pinta e faz trabalhos manuais. Pena que ela vai sair do emprego pra cuidar do marido que está com problemas de saúde. E eu, precavida, já consultei minha listinha, e contratei uma babá de fora: da Bahia. Moça simples, sorriso largo, topou um salário razoável, pq. está precisando do trabalho. E ainda fala português fluente.