25 de julho de 2011

Praia no inverno, bebês e vendaval

Eu adoro praia no inverno, e como no verão a Laura era ainda muito novinha, não deu para aproveitar muito a areia e o mar. Então, na semana passada fomos eu, o Cas e a Laura pra Ilhabela, testar o termômetro "garota de praia" da pequena. Na real, pegamos praia somente um dia, pq. os outros foram tomados pelo tempo feio (a gente tira férias e aprontam esta zica!). Então, no único dia de sol e céu azul, coloquei um biquini com parte de cima e tudo na Laureta, calcei chinelinho, coloquei capeuzinho, tirei um monte de fotos e fomos invadir sua praia! Sentei a pequena na areia certa de que seria paixão a primeira vista. Que nada! Bastou ela colocar a mão na areia e areia não desgrudar da mão, que ela fez uma carinha de nojo digna das mais frescas das mulheres! Uma afronta para uma mãe que adora praia e se irrita com mulheres que soltam aquela típica frase "ai, não gosto muito de praia pq. tem areia...". Ah vá? Laura, não me venha com esta! Bom, ainda bem que a cara de ECA durou pouco tempo e logo ela foi se encantando com a areia, com todo seu alcance, aquela coisa sem fim, que se espalhou por todo o corpinho dela, inclusive nariz, boca e olhos.  E aí? A água do mar tava fria pra caramba, e a da ducha idem. Não teve jeito, Laureta entrou com resfriado, tosse e areia embaixo da ducha fria e saiu dela como se estivesse em plena praia de nudismo. Confesso que neste momento a mamãe aqui sentiu um certo pudor... E depois dessa ousadia, a pequena dormiu largada no carrinho como se este fosse uma rede em Morro de São Paulo. E até então, a mamãe aqui não tinha tido um minuto sequer de praia, daquele jeito que eu tanto gosto. Pronto, este era o momento! Mas o que aprontaram dessa vez? Um vento surrrr daqueles de derrubar tudo o que estiver em pé. Sem brincadeira, do nada começou um baita vendaval, todo mundo correndo pra fechar os guarda-sóis; eu correndo pra tirar a Laura do carrinho antes que algum a atingisse, e depois correndo a esmo com ela no colo, sem preparo nenhum do que fazer e pra onde ir. Tudo voava ao meu redor: folhas, cangas, copos, affff. Consegui um abrigo no bar-quiosque e lá fiquei, até o tsunami paraguaio passar. E depois dessa percebi que minhas neuroses com a saúde da Laura quando bate um ventinho viraram pó. Ou melhor, areia.