12 de agosto de 2010

Quem espera sempre alcança?

Estou esperando. Continuo esperando. Antecipei a licença maternidade, pois o cansaço já estava demais. Faz 24 dias que parei de trabalhar. Nas primeiras duas semanas foi ótimo, porque aproveitei para terminar de arrumar as coisas e descansar muito. Mas esses últimos 10 dias tem sido intermináveis! Já estou mais do que descansada, tudo está pronto e nada da Laureta dar sinal de que seu nascimento se aproxima. A cada consulta, nova ansiedade. Tudo continua bem, muito líquido amniótico, placenta funcionando, Laureta se mexendo, barriga crescendo. Mas nada dela encaixar, nada do colo afinar. Nenhum sinal. A natureza tem a sua hora, ela é sábia. Mas a vida moderna trouxe muitas interferências no curso natural da vida. E nessa hora ou se pratica muita meditação ou não há cabeça pra tamanha ansiedade. E se nos próximos 10 dias ela não nascer espontaneamente, terei que recorrer a alguma interferência: indução ou cesarea. Quero muito o parto normal, mas indução não me agrada. Até porque não há nada de natural na indução. O parto é induzido com a aplicação de hormônios que estimulam as contrações. Mas não são as contrações normais do seu corpo, são artificiais, provocadas, e numa intensidade muito pior do que as manifestadas naturalmente pelo corpo. Sei disso por ouvir amigas que já passaram pela indução e se arrependeram. Isto porque a indução nem sempre funciona. Ou seja, você pode ficar horas sofrendo com contrações que não cessam e ter que partir para uma cesarea. Então, pra mim tá decidido: aguardo mais uns dias e se nada acontecer, agendo a cesarea. E que tudo dê certo! Mas se nesse meio tempo ela vier naturalmente, vou ficar muito feliz.