30 de novembro de 2010

Algumas lembranças

Outro dia eu estava vendo as fotos do dia do nascimento e minha nossa, como ela mudou! Lembro de quando saimos da materninade, que receio e insegurança durante o caminho pra casa, com aquele ser tão pequenino no bebê conforto, que era enooooorme pra ela. Nunca vou me esquecer da desastrosa primeira troca de fraldas em casa, assim que chegamos. Tirei toda a roupa, comecei a limpar e cadê a fralda???? Tinha ficado no carro, hahahaha! Desce pra pegar... e a primeira noite, com ela chorando, tossindo e espirrando sem parar, e o pediatra dela no exterior... foi um desespero! Quase levei ao hospital, rs, o que salvou foi ligar para um amigo pediatra às 3 da manhã e ouvir dele: é fome! E ele tinha razão mesmo. Ela chorava de fome! As 3 primeiras noites foram bem difíceis. Eu já estava sem dormir há 4 dias, e o cansaço tomava conta. Não à toa, briguei com o Cas às cinco da manhã, no meio da sala, rs. No quarto dia dela em casa, chamei uma babá,a Elza, para fazer um teste e ela ficou comigo 24 horas, pois já tinha outra casa pra trabalhar. Foram as primeiras 24 horas de alívio desde a chegada em casa. Consegui entender que rotina é muito importante para os bebês. Tem que mamar, tomar banho e dormir todo dia na mesma hora. Depois disso, a Laura virou outro bebê, muito mais tranquilo. E vem sendo assim desde então. Claro que o complemento de leite Nam ajudou, pois o meu leite não estava sendo suficiente pra fome da pequena. Aaaaaah, santa Elza e santo leite Nam!

17 de novembro de 2010

3 meses!

Hoje a Laura está completando 3 meses de vida, que delícia! E o melhor de tudo: acabei de voltar do pediatra e ela está ótima. E hoje, de presente, ela vai ganhar a primeira papinha de fruta, que será banana. Quero só ver a carinha dela comendo.
3 meses é ralmente umm marco: o bebê já está bem mais sociável, emite muitos sons, tem um olhar mais expressivo, e jám começa a demonstrar sua personalidade. Sem falar nos movimentos das pernas e braços, muito mais coordenados. E agora também começa a fase oral, de levar tudo à boca. É uma graça.
Minha vida também está bem mais adaptada à pequena. Estamos dormindo muito bem, nós duas. E nosso vínvulo cada vez mais forte.
Enfim, só temos a comemorar! Ser mãe é bom demais.

16 de novembro de 2010

A primeira viagem (ou seria mudança?)

Nesse feriado de 15 de novembro a Laureta fez sua primeira viagem: fomos para a chácara da minha família. Tirando o tempo instável e a minha gripe, foi muito gostoso, deu para descansar bem. Mas preciso registrar aqui a preparação para a viagem. Como o tempo estava mesmo bem instável aqui em SP, dois dias de calor intenso e depois, um frio nada adequado para a época, bateu aquela dúvida: o que colocar na mala dela? E se fizer frio? E se fizer calor? Preciso colocar roupas para todas as opções de clima, pensei... e aí, como arrumei a mala meio em cima da hora, eu coloquei praticamente a cômoda inteira dentro dela! Sem brincadeira, dava para passar um mês fora de casa, hahaha! Mas não pensem que parou por aí... tinha ainda a frasqueira com os apetrechos das mamadeiras, leite em pó, garrafa térmica, escova para lavar as mamadeiras, etc... e, por fim, a mala com as coisas do banho: sabonete, toalhas, algodão, fraldas, hipoglós e as vitaminas todas...ah, já ia quase esquecendo de dizer que eu levei dois edredons e um cobertor, hahahha! Calma, dois eram pra forrar o berço desmontável, que eu não precisei levar, pois já tem lá na chácara, ufa! Olha, eu só sei que depois de tudo arrumado, eu tinha a sensação que ia me mudar... e eu, que sempre levei malas enormas de viagens, desta vez fiz uma malinha tão enxuta, que passei os 3 dias com a mesma roupa!!!! Mas era o único jeito de caber tudo no porta malas. E olha que não precisei levar nem a banheira, nem o carrinho... bom, mas o que vale mesmo é que a Laura adorou a chácara, o ar puro, as árvores, os passarinhos...e na próxima ela vai repetir mais roupas...

3 de novembro de 2010

De volta.

Ufa! Após quase 3 meses, volto a escrever aqui. A Laura está cada dia mais linda, fofa e esperta. Já dorme bem à noite e isto é uma maravilha. Tenho até conseguido dar umas escapadas para um cineminha. Impressionante como os bebês se desenvolvem rápido. E como crescem! A Laura está com 60 cm, um pouco acima da média para 2 meses e meio. O rosto dela já mudou bastante, desinchou bem e hoje ela está com mais cara de menininha. É uma delícia ser mãe a acompanhar o desenvolvimento dela. Passo os dias em função da pequena e por mais que em determinados momentos dê vontade de cuidar da minha vida como eu fazia antes, tudo é muito compensador. Mas que dá vontade de dormir 10 horas seguidas, isso dá!

26 de agosto de 2010

O relato do parto da Laura

17 de agosto de 2010. O dia mais feliz e marcante da minha vida. Às 10h09 nasceu minha filha, e a emoção tem tomado conta dos meus dias desde então. Como a Laura não encaixava e meu colo estava fechado, marquei a cesariana, meio frustrada, para o dia 19 de agosto. Eu não queria acordar, sair de mala na mão, para uma cesarea agendada. Eu queria sentir, pelo menos alguma coisa que fosse, da evolução natural da gestação. Agendar a cesarea significava para mim interromper o processo natural da gravidez. Minha última consulta foi no dia 16/08 e eu sai de lá para encontrar meu médico de novo no dia 19, no hospital. Fui dormir meio chateada, e deitada na cama, conversei com a Laura e disse que ela poderia nascer quando quisesse, pois eu estava pronta para recebê-la. Pedi muito para ela e rezei para que tudo corresse bem. Meia hora depois, minha bolsa rompeu. Era o sinal de que minha filhota viria ao mundo. Fiquei uns 10 min tremendo de nervoso. A emoção daquele e dos próximos dias começava ali. Fomos para o hospital. Eu estava feliz, pois na minha cabeça o processo natural tinha sido respeitado.Fui monitorada e tudo estava bem com a pequena. Pensei que poderia ter um parto natural e fiquei tranquila esperando as contrações. Mas elas eram fraquinhas, e meu colo continuava fechado. Soube pela enfermeira que meu médico já tinha agendado a cesarea para às 6h00 da manhã, devido ao risco de infecção diante da bolsa rota. Eu não conseguia aceitar a cesarea, mesmo àquela altura do campeonato, rs. Bom, acabou que eu pedi para meu médico pelo telefone para esperar mais algumas horas, pra ver seu eu entrava em trabalho de parto. Ele me disse que eu não estava em trabalho de parto e aí fiquei mais brava ainda. Nessa altura meu nervosismo já estava a mil mesmo, e hoje entendo que que grávida prestes a dar à luz se descontrola e pode tudo mesmo! Bom, meio a contragosto ele aceitou fazer a cesarea às 9h00 e enquanto isso eu fui me preparando psicologicamente. Às 7h00 liguei para meus pais. Por causa do trânsito, ninguém conseguiu chegar lá antes das 9h, nem a equipe médica. Fui para o centro cirúgico 9h40. Estava mais calma, sabia que tudo daria certo, mas um pouco apreensiva. Deitei na maca e me sentei para a anestesia. Nessa hora eu voltei a tremer. Graças a Deus a anestesista é ótima, uma pessoa muito calma e compreensiva, e rapidinho ela me aplicou a injeção, conversando todo o tempo comigo. Senti uma dor do lado direito, e minhas pernas começaram a formigar. Eu que tinha tanto medo da anestesia, comecei a experimentar aquela sensação, a sentir cada minuto. Tudo era esquisito e falar me dava calma. O Cas foi maravilhoso na cirurgia, pegou minha mão o tempo todo, fez massagem na minha cabeça e foi dizendo que tudo estava bem e eu estava me saindo ótima! Até piada eu contei, rs!  E foi assim, num clima super leve e descontraido, mas ao mesmo tempo que carregado de emoção, que minha filha veio ao mundo. Lembrar desse momento me traz lágrimas aos olhos. Lembro que a anestesista falou para o Cas levantar para vê-la nascer e ele não ouviu, e eu que estava ligadíssima em tudo, falei: Cas, levanta! Aí depois de alguns minutos eles levantaram o pano e eu vi uma bebê gordinha, grande, minha filha! Ela não chorava, pq. não tinham cortado o cordão ainda, e eu aflita: pq. ela não chora? pq. não chora? E a pediatra: pq. ainda não estava na hora dela chorar!!!! Aí o Cas cortou o cordão e essa foi a cena mais emocionante. Ela abriu os olhos e começou a chorar! Espero que esta cena nunca saia da minha memória. Depois levaram ela para fazer os procedimentos de praxe e o Cas continuou ao meu lado. Pedi então para ele ficar ao lado da Laura, conversar com ela, e assim que ele chegou perto e tocou nela, ela parou de chorar. Nessa hora abriram a janela e do lado de fora estavam minha mãe, minha irmã, meu sobrinho, meu irmão, minha cunhada, a mãe e a madrinha do Cas. Chorei quando vi todo mundo lá. O Cas levou a Laura para eles verem, e depois trouxeram ela para meu colo. Este momento foi mágico e eu choro quando lembro. Tocar a minha filha pela primeira vez foi muito emocionante. Passei a mão no seu rostinho, e ela com os olhos abertos, ficou quietinha. Num primeiro momento, estranhei aquele ser tão pequeno. De onde veio??? É minha filha? Talvez o parto natural não traga esses questionamentos, mas como na cesarea não sentimos elas nascer, nem vemos ela sair da barriga, fica uma sensação engraçada. Mas dura muito pouco tempo. Lá no centro cirúrgico eu pude amamentar, o que fiz questão. A Laura não chegou a sugar o colostro, mas estabelecemos ali o primeiro contato do nosso vínculo, com ela no meu seio. Minha filha recebeu apgar 9 no primeiro minuto e 10 nos 5 minutos seguintes. Nasceu com a saúde perfeita, com 3.675kg, 49 cm, e está cada dia mais linda. Minha gravidez e meu parto foram perfeitos, do jeito que eu pedi, sem complicações, sem contratempos. E hoje estou aqui escrevendo este relato enquanto a pessoa mais importante da minha vida dorme no berço. Agradeço à equipe médica que foi maravilhosa e ao Cas, que tem sido um paizão e um companheiro enorme. Ainda tenho que aprender muito mas sinto que ser mãe é uma experiência linda e muito transformadora. Com amor, Júnia.

12 de agosto de 2010

Quem espera sempre alcança?

Estou esperando. Continuo esperando. Antecipei a licença maternidade, pois o cansaço já estava demais. Faz 24 dias que parei de trabalhar. Nas primeiras duas semanas foi ótimo, porque aproveitei para terminar de arrumar as coisas e descansar muito. Mas esses últimos 10 dias tem sido intermináveis! Já estou mais do que descansada, tudo está pronto e nada da Laureta dar sinal de que seu nascimento se aproxima. A cada consulta, nova ansiedade. Tudo continua bem, muito líquido amniótico, placenta funcionando, Laureta se mexendo, barriga crescendo. Mas nada dela encaixar, nada do colo afinar. Nenhum sinal. A natureza tem a sua hora, ela é sábia. Mas a vida moderna trouxe muitas interferências no curso natural da vida. E nessa hora ou se pratica muita meditação ou não há cabeça pra tamanha ansiedade. E se nos próximos 10 dias ela não nascer espontaneamente, terei que recorrer a alguma interferência: indução ou cesarea. Quero muito o parto normal, mas indução não me agrada. Até porque não há nada de natural na indução. O parto é induzido com a aplicação de hormônios que estimulam as contrações. Mas não são as contrações normais do seu corpo, são artificiais, provocadas, e numa intensidade muito pior do que as manifestadas naturalmente pelo corpo. Sei disso por ouvir amigas que já passaram pela indução e se arrependeram. Isto porque a indução nem sempre funciona. Ou seja, você pode ficar horas sofrendo com contrações que não cessam e ter que partir para uma cesarea. Então, pra mim tá decidido: aguardo mais uns dias e se nada acontecer, agendo a cesarea. E que tudo dê certo! Mas se nesse meio tempo ela vier naturalmente, vou ficar muito feliz.

3 de agosto de 2010

Jogo de paciência

Se a Laura quisesse, já poderia ter nascido. Eu pensava mesmo que hoje, dia 03 de agosto, ela nasceria. Pq. completei 39 semanas de gestação. Mas ela ainda está tranquila aqui dentro. Aliás, pode nascer até o dia 19 de agosto! E então esses dias de licença maternidade no final da gravidez ficam meio esquisitos. Meu médido recomendou parar de trabalhar para descansar mais e me preparar para o parto e chegada da filhota. Já estou em casa há 15 dias, praticamente pirando! Tudo bem que tenho um monte de coisas pra fazer, desde lavar as roupinhas, até terminar o quarto, as lembrancinhas, fazer minha mala de camisolas (rs) e preparar a geladeira pra quando eu voltar da maternidade. Mas é estranho pensar que estou guardando energias para uma reviravolta na minha vida, que está chegando aí. Claro que estou aproveitando para dormir à tarde, tirar aquela soneca gostosa depois do almoço. Ô, coisa boa! Mas chega uma hora que eu acabo o que tenho pra fazer no dia e fico olhando pra barriga pra ver se ela dá algum sinal. E aí uma nuvem de pontos de interrogação aparecem na minha mente: como será quando começarem as contrações? Vai ser de madrugada ou durante o dia? Vou lembrar de pegar tudo? Vou aguentar a dor? Vai dar mesmo certo o parto normal ou meu médico vai criar alguma circunstância na hora H para recomendar a cesárea? Como estarei emocionalmente? E isso é apenas o começo... depois virão as dúvidas das mamadas, das assaduras, dos choros, dos banhos, etc e tal. Sem falar na ansiedade de saber como é o rostinho da Laura... enquanto isso, haja doce de leite!!!

21 de junho de 2010

Eu sei

Você ainda não nasceu, mas eu já sei muita coisa...
Sei que daqui a menos de 2 meses eu vou perder muitas noites de sono pra te amamentar, te trocar e te fazer dormir;
E eu sei que mesmo quando você estiver dormindo tranquilinha no berço eu estarei alerta, atenta à sua respiração e temperatura, pra ver se está tudo bem;
Sei também que eu e seu pai teremos algumas brigas, apenas por estarmos aflitos em acertar sempre;
Eu sei que minha vida vai mudar totalmente, que vou perder minha liberdade e a prioridade será você, que virá antes de qualquer decisão que eu vá tomar;
Sei que vou sentir saudades da barriga, de quando você estava aqui, aquecida e protegida do mundo;
Sei que vou aprender muito e crescer um bocado com você;
Sei que vou entender melhor meus pais e suas angústias;
Sei que vou me emocionar quando você falar mamãe e quando escrever as primeiras letras;
Sei que você vai me achar uma boba nos momentos em que eu vou apenas te contemplar, sem nada dizer;
Sei que seremos grandes companheiras em programas simples, como ir ao cinema ou tomar um sorvete;
Sei que em determinada época sentirei muito ciúmes das suas amigas, porque elas serão, indiscutivelmente, as principais pessoas na sua vida;
Mas sei que vou amar seu ou seus namorados simplesmente pelo fato de eles te amarem e terem escolhido você (que sejam sinceros);
Sei que vamos enfrentar algumas discussões, por eu me achar no direito de comandar a sua vida;
Sei que seremos amigas de profunda confiança, mas que essa amizade não permitirá certas confidências;
Sei que vou te defender sempre que for preciso, mas sei também que vou me afastar - de leve - em alguns momentos, para que você aprenda sozinha os caminhos dessa vida;
Sei que o seu sofrimento será também o meu, mesmo que ele seja necessário para seu crescimento;
E acima de tudo, sei que vou te amar com um amor sem tamanho, cuja força e intensidade... ainda não sei.

27 de maio de 2010

Viajar na gravidez?

Toda grávida fica em dúvida se pode viajar de avião durante a gravidez. E quase toda grávida viaja, principalmente para fazer compras em Miami. Meu destino foi outro. Não tava a fim de ficar comprando 500 mil coisas que a Laura vai perder em 3 meses. E como meu medo de avião já é considerável sem estar grávida, preferi um destino mais próximo, pra não dar vexame, hehe. Fui para Montevideu e Buenos Aires, em uma viagem bem curta, de oito dias. Recomenda-se para grávidas que as viagens de avião sejam feitas até a 28 semana. Eu viajei no limite, pois estava completando a vigésima oitava semana no dia em que retornei ao Brasil. Não senti nada diferente durante os vôos. A gravidez incomodou mesmo durante a viagem. Isto pq. não deu pra bater perna na mesma intensidade de outras viagens que fiz. Aquele tipo de viagem que você sai do hotel de manhã e volta de madrugada. Dessa vez não. De tempos em tempos, eu precisava me sentar, tomar um ar, reestabelecer o pique. Seis da tarde eu já estava de volta ao quarto - delicioso por sinal - repousando na cama King size, para poder sair para jantar. Como agravante, eu tive um pequeno sangramento, mínimo mesmo, assim que cheguei no aeroporto de Montevideu. Claro que isto me deixou preocupada durante toda a viagem, sempre atenta aos sinais do meu corpo. Acho que esta é a diferença de viajar grávida: não se relaxa 100%, mesmo estando em férias. Também não pude beber e experimentar todas as guloseimas que eu queria...tudo foi feito com muita moderação. Mas a viagem foi muito gostosa. Conheci lugares lindos e pude descansar. Apenas o final foi ruim: uma simples massa conseguiu estragar o último dia em Buenos Aires. Sim, tive um dia de rainha, se é que me entendem. Passei bem mal, com febre e tudo, ligando para o médico de hora em hora pra relatar o que estava acontecendo. Um dia na cama, no quarto de hotel, assistindo a todos os programas argentinos. E detalhe: era o dia das mães lá (16/05/ 2010). Bom, Caminito, Bombonera e San Telmo vão ficar pra depois que a Laura nascer. E, não sei não, mas acho que ela não vai querer ir. Sinto que ela não gostou muito dos nossos hermanos. Hehe.

30 é trinta até na gravidez!

Estou na trigésima semana. É a este 30 ao qual me refiro. Os 30 anos eu já passei, há 3 anos. Agora, são os 30 da gravidez, ou melhor, as 30 - 30 semanas. Como passou rápido. Faltam 8/10 semanas, em média, pra Laura nascer. Ou seja, 2 meses. Ai ai ai. A ansiedade do começo voltou com tudo! Muita coisa ainda pra ver, em pouco tempo: escolher a maternidade, fazer o curso, completar o enxoval, decorar o quarto... e pra completar, estou de repouso. É, agora também começam a aparecer alguns probleminhas que antes não incomodavam. A barriga pesa, não durmo direito, não consigo mais fazer tanta coisa, que logo me canso. É tempo de tentar manter a calma. Por isto estou ouvindo Jorge Drexler...espero que tudo corra bem até o final, como foi até esta fase. E que a Laura nasça cheia de saúde! Tears!

23 de abril de 2010

Lugar comum

Grávidas realmente fazem muito xixi. Onde quer que seja, a qualquer hora. E isso tem me feito observar mais os banheiros por aí, e constatar como são mal planejados. Olha só:
1. Pra começar, vale comentar o tamanho inapropriado dos banheiros públicos para grávidas. Se já é difícil para uma mulher normal se acomodar nesses cubículos, imagine para uma grávida! Para entrar, é a dança do dois pra lá, dois pra cá. Você abre a porta, dá dois passos pra esquerda. Entra. Dois passos pra direita. Fecha a porta. E repete tudo na saída, de maneira oposta. Nós precisamos de espaço!
2. E o que fazer com a bolsa quando não há gancho para pendurá-la? Colocar no chão, certo? Errado, pois esta não é tarefa muito simples e adequada para grávidas. Porque pra gente abaixar, só agachando, sem forçar a barriga ou a coluna. Mas como agachar num cubículo com um vaso sanitário no meio? Impossível. Então, você abaixa de qualquer jeito, detona suas costas e toma aquele chutão do seu baby, que não gostou nada nada da pressão sobre a barriga. Ganchinhos, please.
3. Não vou falar de limpeza, ou melhor, sujeira, porque se o banheiro não estiver brilhando, eu nem entro.
4. O lixinho. Aaaah, eu quero muito saber quem planeja o local onde se coloca o lixinho. Principalmente aqueles com pedal na base, pra você pisar e abrir a tampa. O único porém é que ele nunca está na sua frente, mas sim no cantinho, ao lado do vaso sanitário. E aí, como pisar no pedal??? Se você não tiver passado pelo Cirque Du Soleil, fica bem complicado. Pra grávida, 3 x mais complicado. Gente, vamos fazer o seguinte? Lixinho com pedal na frente do vaso sanitário. Ao lado, deixe só lixinhos sem tampa. Pronto, isso vai resolver.
5. Banheiros abafados também não servem pra grávidas. A gente já sente calor suficiente, não precisa sair do banheiro como se tivesse saído de uma sauna. Até porque, saunas não são recomendadas às gestantes.
6. Por fim, não vou me alongar muito na hipótese de falta de papel higiênico, que você só se dá conta quando já usou o banheiro. Isso faz uma grávida chorar!!!! Chorar pra valer. De verdade.

13 de abril de 2010

Onda, onda, onda... olha a onda!

Estava vendo TV e dei um pulo no sofá. O que estava acontecendo com a minha barriga? Essa foi a sensação que tive a primeira vez que senti minha filha mexer. Eu não estava esperando e então, tomei um susto. Já tinham me dito que é uma coisa sutil, parecendo ondas... e é isto mesmo, umas ondas lá no fundo da sua barriga. Outra vez foi no trabalho. Ela não parava. É uma das coisas mais gostosas da gravidez, sentir que lá dentro do seu corpo tem um ser se movimentando, mostrando que tudo está caminhando bem. Tem dias que não sinto ela mexer e dá uma preocupação. Mas percebo que é a correria do dia a dia que não me deixa perceber os movimentos. Porque ainda são muito sutis, então é necessário estar pelo menos relaxada. Pena que os dias são tão corridos no trabalho, que só à noite posso curtir a gravidez. Por mim eu ficava o tempo todo circulando em lojinhas de bebê, fazendo yoga, drenagem, caminhada e hidroginástica. Acho que toda grávida deveria parar de trabalhar já quando se dá conta da novidade. Licença gravidez. Porque é uma fase em que você tem que curtir tudo, cada minuto. Só que sua vida não pára: prazos no trabalho, trânsito, supermercado, contas pra pagar, e por aí vai. Me assusto quando me dou conta que estou terminando o quinto mês, ou seja, na metade da gravidez! E pensar que outro dia eu estava em pânico com a notícia... agora parece que tudo está entrando nos eixos. A natureza é sábia mesmo. Os últimos dois meses – quarto e quinto – foram os melhores. O turbilhão hormonal passou e junto com ele toda a carga física e emocional dos 3 primeiros meses. Em alguns momentos recentes eu até esqueci que estava grávida, tamanha a falta de sintomas. Quer dizer, a barriga está crescendo, mas nada de enjôos, cansaço, dor nas costas. Nada. Que maravilha! Outro dia estava passeando com o Oscar e uma mulher perguntou: e aí, ele vai ter uma irmã ou irmão? Eu estava tão focada no passeio, que me surpreendi com a pergunta. Hahaha, que esquisito não pensar na gravidez 24 hs por dia. Enquanto isso, vou domando a ansiedade que cresce na proporção da barriga...

26 de fevereiro de 2010

Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio


O dia amanheceu lindo. E lá fomos, nós, como combinado, pra uma das praias mais distantes da ilha, onde um rio encontra o mar. Beleza natural sem fim. Claro que no meio de um feriado o lugar não estaria um paraíso, mas para nós estava ideal.

Escolhi o lado da praia com o rio. Quer coisa melhor? Um banho de mar e depois se refrescar nas águas geladas. E foi assim, sentados numa pedra dentro nas margens do rio, que começamos uma conversa diferente, séria, que nem imaginávamos que já estava adiantada...

Um casal de franceses com 3 filhos pequenos, entre eles um bebê de uns 6 meses, estava perto e nos chamou a atenção. Vamos ter um filho? Foi uma indagação inevitável. Já está na hora, estamos na idade, não quero ser pai velho. Mas a gente nem casou! E precisa? Tá bom, se precisa, a gente casa, mas vamos ter um filho. Certo, só que vamos programar para que ele nasça no começo de 2011, tá? Aaah, ano que vem, vai? Esperar pra quê? Ainda não está na hora; em 2011 será melhor.

Tantas dúvidas para nada. Eu tinha engravidado na noite anterior.   

23 de fevereiro de 2010

O tempo passa, o tempo voa...



A gravidez passa rápido e se torna pública. Nem acredito que já estou no quarto mês. Tem passado tão rápido que nem escrevi mais no blog...
Mas por incrível que pareça, não estou ansiosa. Eu, que sou um poço de ansiedade, estou muito tranqüila. Não sei se é efeito da gravidez, ou se a ficha ainda não caiu!
Uma coisa que tenho reparado é que à medida que a barriga vai crescendo, torna-se necessário um pronto repertório para as perguntas que vem pela frente: Está de quanto tempo? É seu primeiro? Já sabe o sexo? Está casada faz tempo? (escuta, só as casadas engravidam?) Está mexendo? Está passando bem? Enjoou muito?
Uma amiga do trabalho falou que a gente podia andar com umas plaquinhas penduradas no pescoço. Não me incomodam as perguntas, mas percebi como a gravidez é um assunto que fascina tanta gente. É claro, é a mágica da vida, ter um ser se desenvolvendo internamente. Ah, mas eu ainda não senti os movimentos... ou não os percebi. Apenas uma noite eu senti um glub glub na minha barriga, que pode ter sido o bebê... mas como ter certeza? Li que na primeira gravidez é bem difícil distinguir os movimentos fetais no início. No segundo você já está mais antenada.
Por enquanto, o que eu mais tenho gostado dessa fase é a qualidade do meu sono. Como melhorou! Antes eu penava pra pegar no sono, o que acontecia muito tarde da noite. Agora, às 23h00 eu estou com um sono gigante (isso é cedo pra mim), de deitar na cama e adormecer logo em seguida. Tem sido fantástico, uma delícia! Sem falar nos sonhos cheios de imaginação. Todo dia quando acordo eu me lembro deles. Preciso anotar no meu caderno. São sonhos intensos, vivos, profundos. Sonho com pessoas que há muito tempo não vejo... sonho com bebês também. Já sonhei 3 vezes com uma menininha. O engraçado é que em um deles ela estava com um macacão azul. Será que um desejo de ter menina camuflado de menino? Se bem que não estou tão ansiosa assim para saber o sexo. Acho que como é o primeiro, não faz muita diferença. Se for menina, será a primeira neta dos meus pais. Se for menino, será um amigão pro meu sobrinho de 8 meses. Então, está tudo ótimo! Na semana que vem faço um novo ultrassom e aí será possível ver o sexo. Acho que aí é que vai começar a ansiedade!   

6 de janeiro de 2010

Teste positivo

Acho que todas as mulheres que começam a falar da gravidez, falam do dia em que descobriram que estavam grávidas. Bom, eu tive uma intuição na manhã seguinte à concepção. Acordei, fui ao banheiro, me olhei no espelho e disse pra mim mesma: estou grávida.

Não sei como se explica isso, acho que a gente sente mesmo. Não um sentido físico, mas emocional. Uma pq. eu estava desejando engravidar, outra pq. eu sabia que não tinha me prevenido como deveria. E acho que também que quando a gente deseja muito uma coisa, principalmente engravidar, a natureza mostra toda a sua força e nosso desejo se realiza. Não é à toa que dizem pra tomarmos cuidado com nossos desejos...

Minha intuição era tão forte, que parei de beber alcool naquele dia mesmo. Foi  num feriado de 20 de novembro. Curioso é que depois, o trabalho foi tomando conta da vida e eu me esqueci da intuição. Fui levando a vida normalmente, sem beber, até que a minha menstruação atrasou. Um, dois, cinco, seis dias. Opa. Isso não acontece comigo. Caramba, estou mesmo grávida. Aí o pânico tomou conta. Geral. Esperei até o atraso bater 10 dias pra fazer o teste de farmácia. E acreditem, de primeira não funcionou. Fiz tanto xixi naquele negócio que não deu leitura. Mais um dia de angústia. E então a comprovação: o risco azul saiu tão nítido no visor, que não restava a menor dúvida. Eu estava totalmente grávida, e não ligeiramente. Em seguida, o exame de sangue. O pânico crescendo. Por mais que no seu íntimo você queira engravidar, o medo que dá quando se descobre não se explica. Quem passou por isso sabe do que estou falando. É um medo de tudo: do futuro, dos nove meses que vem pela frente, do parto, da responsabilidade de ter que cuidar por uma vida, para sempre. Sim, para sempre. E eu, que sempre tive receio das coisas definitivas, passei a dormir mal. Crises de choro foram inevitáveis. Parecia que minha vida tinha saído do controle. E todos meus amigos felizes com a notícia, e só eu aparentemente infeliz? Aos poucos, fui aceitando a notícia. A parte prática facilitou: consulta médica, exames de sangue e ultrassom. Lá estava o feto, com o coração batendo. Quando se ouve as batidas, não há mais dúvidas e você cai na real. É isso mesmo, estou grávida. E a emoção desse momento é mágica. Fiquei deslumbrada ao ouvir o coração do feto. Um coração que bate dentro de mim, mas não é o meu. Fou um momento deslumbrante. E uma certeza de que era aquilo mesmo que eu queria, apesar do medo, da ansiedade e das angústias.