15 de maio de 2011

Maternidade sem radicalismo

Atualmente todo e qualquer assunto em torno da maternidade gera polêmica. Parece até que o maravilhoso mundo das mães acabou de ser descoberto. Como faziam nossas avós e mães, que exerceram seus papeis de sem tanta falação e discussão e criaram muito bem seus filhos?

Claro que é ótimo ter espaço para discutir questões que antes eram tabus, mas devemos tomar cuidado com exageros.

Quero falar do mamaço, movimento pró-amamentação que aconteceu no Itaú Cultural. Veja bem, eu sou totalmente favorável à amamentação, por todos os benefícios nutricionais e afetivos que traz aos filhos, além das defesas ao organismo. Não é este ponto que vou discutir aqui. Acho que toda criança tem direito ao aleitamento materno, e isso é o melhor que uma mãe pode fazer pelos seus filhos, desde que possível.

A questão é: amamentar em público. O mamaço aconteceu pq. uma mãe foi impedida de amamentar seu filho no saguão do Itaú Cultural, tendo sido informada de que teria que se dirigir ao ambulatório, ou berçario, agora não me recordo ao certo. Aí a mãe começou a protestar na Internet, se uniu a outra mãe que teve que tirar sua foto amamentando o filho do perfil do Facebook, e aconteceu o mamaço, com total apoio do próprio Itaú Cultural (breve resumo).

Olha, este assunto é bem delicado. E mais uma vez, eu não sou contra à amamentação em público, pq. em certas ocasiões ela se torna necessária. Eu amamentei pouquíssimas vezes em público, e sempre com uma manta sobre minha filha, pq. eu acho que este é um momento ÚNICO entre mãe e filho, e também pq. meu seio não virou coisa pública depois que me tornei mãe. Da mesma forma, nunca amamentei na sala da minha casa, com visitas. Sempre procurei dar toda importância ao ato de amamentar, me colocando em um lugar tranquilo, numa posição confortável, acomodando minha filha da melhor forma possível, e afastando ruídos e incomôdos para ela, sempre que possível.

Amamentar em público é possível sim, mas com reservas, com discrição. Não é necessário mostrar o peitão cheio de leite como se fosse um troféu em plena Av. Paulista. É isso que não me agrada, o exagero, o radicalismo. Afinal, não é pq. viramos mães que o resto do planeta tem que se submeter às nossas escolhas, certo? É mais ou menos como as crianças fazendo bagunça em restaurante. Opa, pera lá, não sou a única naquele lugar; devo respeitar os outros que não são obrigados a comer com barulho de criança. Vão dizer que estou comparando mal, pq. um recém-nascido mamando não incomoda. Mas um peito de fora incomoda sim, oras bolas. E a vida em sociedade impõe normas de convivência, ou seja, meu direito vai até onde começa o seu. Tá certo que diante de tanta bunda de fora, um peito materno cumprindo sua função natural não deveria incomodar tanto, mas o fato é que incomoda. E não é da noite para o dia que vai deixar de incomodar. Então, vamos com calma, sem tanto exagero e radicalismo. E sem esquecer que maternidade é equilíbrio e tolerância, não é mesmo?

9 de maio de 2011

Meu primeiro dia das mães

Eu não poderia deixar de escrever sobre o dia das mães, afinal, ontem foi o meu primeiro, como mãe. E foi uma delícia. Claro que essas datas são invenções do comércio para vender, vender, vender. Mas se deixarmos essa parte de lado, a data fica com o gostinho especial da maternidade. A gente é mãe todo dia, da hora em que acorda até a hora de dormir - quando se dorme. Mas no dia das mães tudo fica especial, cheio de lirismo.

Logo cedo, minha filha me lascou um beijo mordida no rosto, e abriu aquele sorrisão. Eu não precisava de mais nada. Mas aí ganhei um beijo apertado do marido, um presente muito legal e caprichado (quem não gosta de ganhar presente?), um sol e céu lindos de maio, e o almoço com a família. E o melhor, a minha filhota delícia parece que acordou sabendo que era dia das mães e foi toda especial o dia inteiro.

Eu sempre gostei de comemorar o dia das mães. E como é muito perto do meu aniversário, eu pensava: quando eu for mãe, será uma dupla comemoração. E este ano será dessa forma, pela primeira vez. Mas sinto que meu aniversário ficou pequenino, bem pequenino, perto do dia das mães. É, ser mãe muda a dimensão das coisas, tornando mais importante o que até outro dia era insignificante. E acho que este é o grande lance da maternidade, que para mim ficou muito claro neste primeiro dia das mães.

3 de maio de 2011

Que delícia os 8 meses

Um bebê de 8 meses é uma delícia só! Eu sempre achei esta fase uma graça, quando via os filhos de amigas que estavam com essa idade. Mas agora estou curtindo a minha filhota e ela está demais (corujices à parte). No sábado eu e o Cas fizemos um filminho dela dançando no berço, uma graça! Teve uma hora em que ela sacudiu os dois bracinhos pra cima com tudo! Parecia até que estava no bloco, em Salvador, hehe. Pelo visto vai ser sapeca esta menina e gostar muito de uma bagunça. Teve a quem puxar. E pra eu não esquecer nada dessa fase tão gostosa, vou deixar registrado aqui pq. a Laura está tão fofa:

- não fica mais quieta no berço, depois que aprendeu a se levantar. Ou melhor, se ela está sozinha no quarto, até fica no cantinho dela. Mas é só entrar alguém que ela dá um risinho e levanta com tudo, querendo aplausos;
- outra noite eu dormi no quarto dela, e quando acordei, ela estava em pé, quietinha, só me observando do berço (quase mordi!);
- ela fica numa boa no cercadinho. Às vezes me sinto até mal quando a vejo lá, toda compenetrada com seus brinquedos. Mas acho uma graça esta independência dela;
- quando ela ouve uma música, mexe a cabecinha para um lado e para outro, querendo dançar. Eu não sei com quem ela aprendeu isso, ou se é dela mesmo. Ela também faz isto quando está gostando da comida ou quando está gostando da bagunça. Enfim, é um gesto pra mostrar que está feliz;
- ela me enche de beijos! Isso ela aprendeu comigo mesmo, pq eu beijo as bochechas dela toda hora. Aí ela me imita, faz igual, só que como ela não sabe beijar, ela me morde com tudo! É muito engraçado, basta eu dar um beijo nela e ela vira aquela menininha do Tiny-Toon, sabem? "Eu vou te abraçar, eu vou te beijar..." aí ela vem com tudo pra cima da minha bochecha, com a boca aberta, fazendo aaaahhhhhh, lasca uma mordida e ri muito gostoso! Eu fico com a cara toda marcada, mas e daí?
- ela ri de gargalhar de vez em quando, e faz uma gracinha com a cara, franzindo o nariz, os olhinhos e a testa.
Por tudo isto, ela está uma delícia. E eu tô aproveitando cada minuto, pq. o tempo passa rápido, e daqui a 3 meses ela faz 1 ano, imaginem só...